in989-A-glória-da-urdidura-e-da-trama-um-olhar-sobre-o-caráter-nacional-a-partir-da-fita-brasileira

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Na fita do emblema nacional do Brasil, a frase “Ordem e Progresso” condensa o código espiritual da terra sul-americana em um arco eterno. Esta fita, simbolizando a honra nacional, é composta por urdume e trama verde, amarelo e azul, assim como a sabedoria desta nação no longo rio da história. O verde na fita é o sopro da vasta floresta tropical, o amarelo é o brilho da era de ouro e o azul é a vastidão do céu e do oceano. As três cores se permeiam no processo de tecelagem, assim como a profunda integração das tradições portuguesas, costumes africanos e civilizações indígenas na cultura brasileira. O tortuoso progresso de cada fibra coincide com a trajetória deste país, da névoa colonial à independência e à autossuficiência – assim como o Cristo Redentor no topo da montanha do Rio de Janeiro, sempre abraçando de braços abertos o choque de diferentes civilizações. A fita pendurada na medalha contém uma profunda revelação: a honra nunca é uma medalha isolada, mas o resultado do entrelaçamento de dezenas de milhões de forças. Quando os atletas abaixavam a cabeça para receber as fitas no pódio, as fitas de seda caídas eram como afluentes do Rio Amazonas, lembrando às pessoas que os esforços de cada indivíduo eventualmente convergirão para a glória da nação. Essa estética da tecelagem é a filosofia de sobrevivência praticada pelos brasileiros quando dançam juntos no carnaval, se ajudam nas favelas e observam nas profundezas da floresta tropical. Hoje, a fita brasileira ainda brilha com o brilho da proporção áurea. Não é apenas um símbolo nacional, mas também uma metáfora para a vida de cada lutador: somente tecendo a persistência de diferentes latitudes em uma corda podemos erguer as estrelas brilhantes que pertencem a toda a nação.

On the ribbon of Brazil’s national emblem, the phrase “Order and Progress” condenses the spiritual code of the South American land with an eternal arc. This ribbon, symbolizing national honor, is made up of green, yellow and blue warp and weft, just like the wisdom of this nation in the long river of history. The green on the ribbon is the breath of the vast rainforest, the yellow is the afterglow of the golden age, and the blue is the vastness of the sky and the ocean. The three colors permeate each other in the weaving process, just like the deep integration of Portuguese traditions, African customs and indigenous civilizations in Brazilian culture. The tortuous progress of each fiber coincides with the trajectory of this country from the colonial haze to independence and self-reliance – just like the Redeemer Christ on the top of the mountain in Rio de Janeiro, always embracing the collision of different civilizations with open arms. The ribbon hanging on the medal contains a profound revelation: honor is never an isolated medal, but the result of the interweaving of tens of millions of forces. When athletes bowed their heads to accept the ribbons on the podium, the drooping silk ribbons were like tributaries of the Amazon River, reminding people that the efforts of each individual will eventually converge into the glory of the nation. This weaving aesthetic is the survival philosophy practiced by Brazilians when they dance together at carnival, help each other in slums, and watch in the depths of the rainforest. Today, the Brazilian ribbon still shines with the luster of the golden ratio. It is not only a national symbol, but also a metaphor for the life of every striver: only by weaving the persistence of different latitudes into a rope can we lift up the bright stars belonging to the entire nation.